terça-feira, 9 de novembro de 2010

Infância

Ai.

Desde ontem bateu uma nostalgia das coisas que fiz na vida. Lembrei da infância, dos apertos, dos sorrisos...

A maior lembrança foi em relação a minha bisavó, Natalina Bertucci. Lembrei dela cantando Maramao, que ela cantava de forma aterrorizante, dela falando super bem do Mussolini, da minha mamadeira que ela preparava até os meus sete anos de idade, do dinheiro para comprar uma meia (que eu usava para comprar doces), daquela pele enrugada que eu gostava de mexer e da cartela de bingo que ela decorara.

Ai pensei nos cachorros que tive... lembro até hoje da minha emoção quando abri a porta do barracão e vi o Kevin, poodle branquinho (super na moda na época) correndo a minha volta. Depois o Nikita, poodle preto, que chegou dentro de uma bolsa, para chegar sem que ninguém percebesse sua presença no prédio. Os dois sumiram e depois deles chegou a Ohaninha, viva e gorda até hoje.

E os milhares de clubinhos. Clube da vila que morava, clube de ecologia... Teve uma época que sai no parque da Independência e recolhi milhares de folhas, achando que tinha feito uma descoberta! Tolice.

Ah, e meus pais. Meu pai ouvindo Martinho da Vila e minha mãe ouvindo Legião Urbana. A separação foi como uma facada para mim. Meu pai se tornou o amigo que eu visitava e minha mãe virou a "pãe". Uma fase que se eu não tivesse vivido, não seria quem sou hoje. Foi ótimo para meu amadurecimento como pessoa.

E os amigos... lembro do nome de alguns, mas muito marcantes. E as manias que persistem até hoje... o copo de água na cabeceira da cama, o edredon com a etiqueta para o lado direito... Coisas de criança.

Saudade.

Xoxo, queridinhos!

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